Décimo Segundo Passo
Fé, alimento do Espírito
Fé, alimento do Espírito
Caríssimos irmãos e irmãs, vamos hoje recebendo esta pequenina palavra: Fé. Minúscula, e tão grandiosa e importante em nossos dias! “Fé”. Esta ferramenta, instrumento, que todos possuímos, para que nós possamos, como uma chave pequenina, abrir essas portas, esses portais, que nos levam a novos reinos - a novos mundos! Mas, como acessar essa chave? Como acessar a grandeza, desse processo, que nós chamamos fé?
A palavra de hoje nos convida a uma reflexão. Nós recebemos de Deus, a oportunidade de adentrarmos neste mundo - doce e tão belo aos nossos olhos, aos nossos sentidos - e logo na entrada, logo no início desta vida, encarnados, temos o alimento sagrado. Temos a figura da nossa mãe. Doce mãe que, nos dá o alimento! Sim. Seus seios fartos de leite, trazem a nós, de uma maneira doce, milagrosa, todo o néctar de amor divino... Recebemos através do amor de nossos pais: a vida.
Recebemos corpos. Recebemos alimentos. Recebemos dedicação. Nós recebemos amor... E o amor, como uma primeira ferramenta, como primeiro veículo, se faz, através do alimento... Literalmente alimento! Vital alimento para nós! Nossos corpos se alimentam, através deste doce leite que nos chega, através de nossos pais. É preciso que compreendamos que, são os “nossos pais”... Já que todo o conjunto que origina nossa vida, é feito através de “dois”, não é de um só. O leite vem, através do seio materno, mas, não fosse o masculino e o feminino em ato de amor, não teríamos a nossa vida! Nós não existiríamos. Com o passar dos dias, com passar da vida, vamos nos fortalecendo enquanto indivíduos, enquanto individualidades. Vamos caminhando para um parcial deslocamento dos nossos pais.
Primeiro deixamos de nos alimentar de maneira direta das nossas mães, e vamos aos poucos, através do aprendizado de nossos pais, aprendendo mesmo, a nos alimentar do mundo exterior. Mas o mundo exterior se faz interior, através desse “englobar” do mundo exterior em nós mesmos. Os alimentos adentram os nossos corpos e nós, colocamos o mundo exterior para dentro de nós mesmos. Comemos, bebemos, vemos, sentimos, enfim... O nosso ser consegue, então, se estabilizar, enquanto um ser individual. E nós, até o limite das nossas peles, somos “um”. Mas só seremos um, se compreendermos o outro - os outros... todo um conjunto de dedicação, de amparo e de amor a nós. Então, o nosso conjunto de percepções, a nossa maneira de entender o mundo, se faz através da apreensão, da compreensão, do botar para dentro, do “prender em nós” o que está fora.
Amad@s, o processo religioso também é assim. Quando compreendemos, quer dizer, quando prendemos em nós - quando englobamos e tornamos esse exterior vivo em nós, vital em nós - ele fica significativamente ligado à nossa ciência. Então, se o bem é em nós, nós nos transformamos também no bem. Se os aspectos religiosos, na sua essência, “são” em nós, teremos essa religiosidade incorporada.
Assim é a fé. Ela chega até nós através desse alimento sagrado, cedido a nós, primeiramente por Deus, que nos dá todas as situações e condições, para que possamos compreender ou apreender ou prender, ou por para dentro de nós, o que Deus nos dá diariamente. Através dos nossos pais, através dos nossos amigos, através dos nossos relacionamentos, através daquilo que nós conseguimos exteriorizar. Nossos filhos, nossas emoções, enfim... Quando nós conseguimos aprender ou prender em nós, o que há de bom, de amoroso, de belo, nós também nos tornamos um pouco amorosos, belos, gentis... Simples assim!
Quando respiramos, nós vivemos. Quando expiramos, nós deixamos de viver, para que saia de nós, tudo aquilo que precisa ser levado para o outro... O que expelimos, pode ser útil para o outro, para a terra, para a natureza...
Amad@s, a vida é uma grande sintonia... O ar que as plantas emanam, esse oxigênio maravilhoso, nos mantém vivos. Na nossa respiração, o que nós expelimos, mantém todo o ecossistema funcionando.
O amor é esse eterno ir e vir, entre todos... Entre todas as coisas. A fé é, então, esta chave mágica... Esta compreensão de que nós somos um, em meio a uma grande complexidade, mas que nós e esse todo, são na verdade a mesma coisa. Estamos literalmente mergulhados num corpo divino de amor, de Deus, por nós! Ou... no corpo de Deus.
“Fé”: Essa chave mágica que nos religa ao sagrado, ao divino ou simplesmente ao amor.
Muita Paz, pensemos nisso e que esse movimento de interiorização do amor, seja a grande oportunidade nossa, nessa encarnação. Seremos felizes e faremos todos felizes. Independente das histórias passadas. Nós estaremos doando o melhor e recebendo o melhor.
Fé, para todos! Lembremos... Tudo começa com um pai, com uma mãe, e com amor!
Felicidades a todos... Em especial aqueles que paternam as luzes, os amores, a vida.
Feliz “dia dos pais”.